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Decreto Presidencial n.º 12/18 de 15 de janeiro

Detalhes
  • Diploma: Decreto Presidencial n.º 12/18 de 15 de janeiro
  • Entidade Legisladora: Presidente da República
  • Publicação: Diário da República Iª Série n.º 6 de 15 de Janeiro de 2018 (Pág. 69)

Assunto

Aprova o Estatuto Orgânico do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos. - Revoga o Decreto Presidencial n.º 103/14, de 14 de Maio e o Decreto Presidencial n.º 176/14, de 25 de Julho, bem como toda a legislação que contrarie o disposto no presente Diploma.

Conteúdo do Diploma

Tendo sido criado, nos termos da alínea 1) do artigo 34.º do Decreto Legislativo Presidencial n.º 3/17, de 13 de Outubro, o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos: Convindo aprovar o respectivo Estatuto Orgânico ao abrigo do disposto no Decreto Legislativo Presidencial n.º 3/13, de 23 de Agosto, que estabelece as Regras de Criação, Estruturação, Organização e Extinção dos Serviços da Administração Central do Estado e dos demais organismos legalmente equiparados: O Presidente da República decreta, nos termos da alínea g) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da Constituição da República de Angola, o seguinte:

Artigo 1.º (Aprovação)

É aprovado o Estatuto Orgânico do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, anexo ao presente Decreto Presidencial e que dele é parte integrante.

Artigo 2.º (Revogação)

São revogados o Decreto Presidencial n.º 103/14, de 14 de Maio, e o Decreto Presidencial n.º 176/14, de 25 de Julho, bem como toda a legislação que contrarie o disposto no presente Diploma.

Artigo 3.º (Dúvidas e Omissões)

As dúvidas e omissões suscitadas da interpretação e aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas pelo Presidente da República.

Artigo 4.º (Entrada em Vigor)

O presente Diploma entra em vigor na data da sua publicação. -Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 28 de Novembro de 2017.

  • Publique-se. Luanda, aos 28 de Dezembro de 2017. O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

ESTATUTO ORGÂNICO DO MINISTÉRIO DOS RECURSOS MINERAIS E PETRÓLEOS

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º (Natureza)

O Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, abreviadamente designado por «MIREMPET» é o Departamento Ministerial auxiliar do Presidente da República e Titular do Poder Executivo, responsável pela formulação, condução, execução e controlo da política do Executivo relativa às actividades geológicas e mineiras, de petróleos, gás e biocombustíveis, nomeadamente a prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de minerais, petróleo bruto e gás, refinação, petroquímica, armazenagem, distribuição e comercialização de produtos minerais e petrolíferos, bem como a produção e comercialização de biocombustíveis, sem prejuízo da protecção do ambiente.

Artigo 2.º (Atribuições)

O Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos tem as seguintes atribuições:

  • a)- Formular e propor as bases gerais da política nacional sobre os recursos minerais, petrolíferos e biocombustíveis;
  • b)- Elaborar e propor o programa de desenvolvimento dos recursos minerais, petrolíferos e biocombustíveis, de acordo com o Plano Nacional e assegurar o controlo e fiscalização da sua execução;
  • c)- Promover a realização de estudos de inventariação das potencialidades dos recursos minerais, petrolíferos e biocombustíveis do País;
  • d)- Estudar e propor legislação reguladora das actividades do Sector;
  • e)- Velar pela execução das acções que se enquadram na política do Executivo relativamente à actividade dos recursos minerais, petrolíferos e biocombustíveis;
  • f)- Estudar e propor medidas necessárias à realização dos objectivos nacionais relacionados com o conhecimento, valorização, utilização racional e renovação das reservas dos recursos minerais e petrolíferos do País;
  • g)- Incentivar a inovação no desenvolvimento tecnológico através de uma adequada selecção, aquisição e divulgação de tecnologias relacionadas com oSector;
  • h)- Propor medidas de fomento, promoção e dinamização de projectos geológicos, mineiros e petrolíferos, criando condições propícias para a atracção de investimentos no Sector;
  • i)- Dinamizar as acções atinentes à prevenção de desastres naturais, em estreita colaboração com o Instituto Geológico de Angola, a Protecção Civil e demais entidades competentes;
  • j)- Velar pela melhoria de condições de trabalho no Sector, designadamente nos domínios da qualidade, da segurança, da higiene, da salubridade e do ambiente das empresas em operação;
  • k)- Coordenar, supervisionar, fiscalizar e controlar as actividades mineiras e petrolíferas;
  • l)- Propor regras sobre o licenciamento das actividades de distribuição e comercialização de rochas, minerais, combustíveis e biocombustíveis, tendo em conta a utilização das melhores práticas de gestão das respectivas indústrias e serviços, os pressupostos ambientais e normas tecnológicas capazes de garantir a segurança das pessoas e sanidade do meio;
  • m)- Promover a cooperação internacional e mobilizar a assistência técnica no âmbito das actividades do Sector;
  • n)- Promover a cooperação internacional nos domínios geológicos, mineiro, petrolífero e biocombustível, por via da celebração de acordos que facilitem a penetração efectiva dos produtos minerais e petrolíferos nacionais nos mercados externos, bem como captação de investimentos, aquisição de conhecimento e de tecnologias indispensáveis ao desenvolvimento mineiro e petrolífero de Angola;
  • o)- Assegurar, em coordenação com os outros organismos do Estado, o cumprimento das obrigações decorrentes da adesão de Angola aos Tratados Internacionais;
  • p)- Apoiar o associativismo empresarial e promover o diálogo e concertação entre o Estado e os órgãos representativos dos trabalhadores do Sector;
  • q)- Participar na elaboração e execução das normas de controlo da qualidade dos produtos e assegurar a sua fiscalização;
  • r)- Formular propostas de revisão e actualização da legislação de interesse para o Sector Geológico, Mineiro, Petrolífero e Biocombustível, visando a ampliação da base de receitas fiscais do País;
  • s)- Promover o desenvolvimento das actividades mineiras e petrolíferas;
  • t)- Colaborar com as demais instituições do Executivo na formulação das políticas sobre a produção dos biocombustíveis;
  • u)- Fixar as especificações técnicas das rochas e minerais, bem como dos produtos petrolíferos e biocombustíveis;
  • v)- Participar, em coordenação com as instituições competentes, na fixação dos preços das rochas e minerais, bem como dos produtos petrolíferos e biocombustíveis;
  • w)- Zelar pela defesa e valorização dos recursos minerais e petrolíferos nacionais, através do acompanhamento e controlo das actividades geológicas, minerais e petrolíferas das entidades que se dediquem legalmente as mesmas;
  • x)- Promover em colaboração com os organismos competentes do Estado, formas de combate ou correcção das actividades mineiras ilegais, ao tráfico ilícito dos recursos minerais e de produtos petrolíferos e outros actos lesivos a economia nacional;
  • y)- Promover a formação e o aperfeiçoamento técnico e profissional permanente dos quadros do Sector;
  • z)- Zelar pela protecção e conservação dos acervos geológicos existentes e promover a criação de outros, de acordo com o seu interesse científico, histórico e cultural;
  • aa) Assegurar a promoção, organização inserção e desenvolvimento da participação do empresariado nacional nas actividades do Sector (ConteúdoNacional);
  • bb) Orientar a política de desenvolvimento técnico-científico dos recursos humanos do Sector, de acordo com a lei ou decisão superior;
  • cc) Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.

CAPÍTULO II ORGANIZAÇÃO EM GERAL

Artigo 3.º (Órgãos e Serviços)

O Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos compreende os seguintes órgãos e serviços.

  1. Órgãos de Direcção Superior:
    • a)- Ministro;
    • b)- Secretários de Estado.
  2. Órgãos de Apoio Consultivo:
    • a)- Conselho Consultivo;
    • b)- Conselho de Direcção.
  3. Serviços de Apoio Técnico:
    • a)- Secretaria-Geral;
    • b)- Gabinete de Recursos Humanos;
    • c)- Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística;
    • d)- Gabinete de Inspecção;
    • e)- Gabinete Jurídico;
    • f)- Gabinete de Intercâmbio;
    • g)- Gabinete de Tecnologias de Informação;
    • h)- Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa.
  4. Serviços de Apoio Instrumental:
    • a)- Gabinete do Ministro;
    • b)- Gabinete(s) do(s) Secretário(s) de Estado.
  5. Serviços Executivos Directos:
    • a)- Direcção Nacional de Recursos Minerais;
    • b)- Direcção Nacional de Petróleos;
    • c)- Direcção Nacional de Mercados e Promoção da Comercialização;
    • d)- Direcção Nacional de Fomento de Quadros e da Cadeia de Valores;
    • e)- Direcção Nacional de Segurança Industrial, Qualidade, Emergências e Ambiente.
  6. Serviços Superintendidos:
    • a)- ENDIAMA-E.P.;
    • b)- SODIAM-E.P.;
    • c)- FERRANGOL-E.P.;
    • d)- SONANGOL-E.P.;
    • e)- Instituto Geológico de Angola (IGEO);
    • f)- Instituto Nacional de Petróleos (INP);
    • g)- Instituto Superior de Petróleos (ISP);
    • h)- Instituto Regulador de Derivados do Petróleo;
    • i)- Comissão do Processo Kimberley (PK);
    • j)- Agência Nacional de Recursos Minerais;
  • k)- Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis.

CAPÍTULO III ORGANIZAÇÃO EM ESPECIAL

SECÇÃO I DIRECÇÃO E COORDENAÇÃO DO MINISTÉRIO

Artigo 4.º (Ministro e Secretários de Estado)

  1. O Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos é dirigido pelo respectivo Ministro, que coordena toda a sua actividade e o funcionamento dos serviços que o integram.
  2. No exercício das suas funções, o Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos é coadjuvado por Secretários de Estado, aos quais pode delegar competências para acompanhar, tratar e decidir os assuntos relativos à actividade e ao funcionamento dos serviços que lhes forem afectos.
  3. No exercício das suas competências, o Ministro emite Decretos Executivos e Despachos.

Artigo 5.º (Competências do Ministro)

Ao Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos compete, no âmbito dos poderes delegados pelo Titular do Poder Executivo, assegurar e promover a gestão, a coordenação e a fiscalização da actividade dos órgãos e serviços integrados no respectivo Ministério.

Artigo 6.º (Órgãos Superintendidos)

O Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos superintende nos termos da legislação em vigor institutos públicos, agências, empresas e outros órgãos especializados existentes ou a criar para a execução de actividades específicas, no âmbito da sua esfera de actuação.

SECÇÃO II ÓRGÃOS DE APOIO CONSULTIVOS

Artigo 7.º (Conselho Consultivo)

  1. O Conselho Consultivo é um órgão de apoio do Titular do Departamento Ministerial, integrado por quadros dos serviços centrais e locais do respectivo Sector e que se destina a conhecer e apreciar os assuntos a eles submetidos.
  2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos e integra:
    • a)- Secretários de Estado;
    • b)- Directores Nacionais e Equiparados;
    • c)- Directores do Gabinete do Ministro e dos Secretários de Estado;
    • d)- Chefes de Departamento dos Serviços Centrais e Locais do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos;
    • e)- Consultores do Ministro e dos Secretários de Estado;
    • f)- Titulares dos Serviços Superintendidos.
  3. O Ministro pode convidar para as reuniões do Conselho Consultivo, sempre que achar conveniente, técnicos do sector e outras entidades.
  4. O Conselho Consultivo reúne-se ordinariamente duas vezes por ano e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo Ministro.
  5. O Conselho Consultivo rege-se por um Regulamento Interno a ser aprovado por Despacho do Ministro.

Artigo 8.º (Conselho de Direcção)

  1. O Conselho de Direcção é um órgão de consulta periódica do Titular do Departamento Ministerial, ao qual compete apoiar o Ministro na coordenação das actividades dos serviços.
  2. O Conselho de Direcção é presidido pelo Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos e tem a seguinte composição:
    • a)- Secretários de Estado;
    • b)- Directores Nacionais e Equiparados;
    • c)- Directores dos Gabinetes do Ministro e dos Secretários de Estado.
  3. O Conselho de Direcção reúne-se, em regra, trimestralmente e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo Ministro.
  4. O Ministro pode convidar para as reuniões do Conselho de Direcção, sempre que achar conveniente, técnicos do sector e outras entidades.
  5. O Conselho de Direcção rege-se por um Regulamento Interno aprovado pelo Ministro.

SECÇÃO III SERVIÇOS DE APOIO TÉCNICO

Artigo 9.º (Secretaria-Geral)

  1. A Secretaria-Geral é o serviço de apoio técnico que se ocupa do registo, acompanhamento e tratamento das questões administrativas, financeiras e logísticas comuns a todos os Órgãos Centrais da Administração do Estado, nomeadamente do orçamento, do património e das relações públicas.
  2. A Secretaria-Geral tem as seguintes competências:
    • a)- Colaborar com o Gabinete de Estudos Planeamento e Estatística na elaboração do projecto de orçamento do Ministério, de acordo com as orientações metodológicas do Ministério das Finanças;
    • b)- Elaborar o relatório de execução orçamental do Ministério;
    • c)- Executar as tarefas contabilísticas e financeiras relativas ao pessoal e ao património, nomeadamente as referentes ao Orçamento Geral do Estado, a elaboração de balanços de tesouraria, registos e requisições;
    • d)- Propor medidas para melhor gestão do património do Ministério e assegurar a aquisição e manutenção dos bens móveis e imóveis e do equipamento necessário ao funcionamento de todas as estruturas do Ministério;
    • e)- Desempenhar funções de utilidade comum aos diversos órgãos e serviços do Ministério em especial no domínio das instalações, serviço social, relações públicas, protocolo e economato;
    • f)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. A Secretaria-Geral compreende a seguinte estrutura:
    • a)- Departamento de Gestão do Orçamento e Administração do Património;
    • b)- Departamento de Relações Públicas e Expediente.
  4. A Secretaria-Geral é dirigida por um Secretário-Geral, com a categoria de Director Nacional.

Artigo 10.º (Gabinete de Recursos Humanos)

  1. O Gabinete de Recursos Humanos é o serviço de apoio técnico responsável pela concepção e execução das políticas de gestão dos quadros do Ministério, nomeadamente nos domínios do recrutamento, carreiras, rendimentos, avaliação de desempenho e desenvolvimento do pessoal, entre outros.
  2. Para efeitos de coordenação metodológica, o Gabinete de Recursos Humanos articula a concepção e execução das políticas de gestão de quadros, mediante concertação metodológica com o serviço competente do Departamento Ministerial encarregue pela Administração Pública.
  3. O Gabinete de Recursos Humanos tem as seguintes competências:
    • a)- Elaborar e apresentar propostas em matéria de políticas de gestão de pessoal;
    • b)- Gerir o quadro de pessoal do Ministério relativamente às fases do percurso profissional dos funcionários;
    • c)- Assegurar, em articulação com os serviços competentes da Administração Pública, as acções necessárias à prossecução dos objectivos definidos em matéria de gestão e de administração de recursos humanos do Ministério;
    • d)- Apreciar o preenchimento das vagas existentes e zelar pela aplicação de uma política uniforme de admissões;
    • e)- Assegurar a gestão integrada do pessoal afecto aos diversos serviços que integram o Ministério, nomeadamente o recrutamento, selecção, provimento, formação, promoções, transferências, exonerações, aposentação e outros;
    • f)- Propor a política de compensação e benefícios do Ministério;
    • g)- Assegurar o processamento de vencimento e outros abonos do pessoal afecto ao Ministério, bem como proceder à liquidação dos respectivos descontos;
    • h)- Organizar e manter actualizado os processos individuais do pessoal afecto ao Ministério;
    • i)- Emitir pareceres sobre reclamações ou recursos, interpostos no âmbito de processos de recrutamento do pessoal;
    • j)- Promover a adopção de medidas tendentes a melhorar as condições de prestação de trabalho, nomeadamente a segurança, higiene e saúde;
    • k)- Elaborar o plano de formação anual do Ministério, promovendo as respectivas inscrições e procedendo à avaliação do impacto da formação no local de trabalho;
    • l)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  4. O Gabinete de Recursos Humanos compreende a seguinte estrutura:
    • a)- Departamento de Gestão por Competências e Desenvolvimento de Carreiras;
    • b)- Departamento de Formação e Avaliação de Desempenho;
    • c)- Departamento de Arquivo, Registo e Gestão de dados.
  5. O Gabinete de Recursos Humanos é dirigido por um Director, com a categoria de Director Nacional.

Artigo 11.º (Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística)

  1. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística é o serviço de apoio técnico de carácter transversal que tem como funções principais a preparação de medidas de política e estratégia, estudos e análise regular sobre a execução geral das actividades, dos programas e acções superiormente aprovados para o Sector, bem como a orientação e coordenação da actividade de estatística, dentre outras.
  2. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística tem seguintes competências:
    • a)- Colaborar na elaboração da política e estratégia de desenvolvimento do Sector, enquadrando-o nos objectivos do Plano Nacional do Governo;
    • b)- Coordenar a elaboração do programa de desenvolvimento do Sector e acompanhar a sua execução a curto, médio e longo prazos;
    • c)- Coordenar e analisar os programas e projectos de investimento sectorial, bem como os programas de desenvolvimento de âmbito regional e internacional;
    • d)- Promover e coordenar os estudos sobre a economia das concessões;
    • e)- Organizar o sistema de informação estatística promovendo a recolha de dados, interpretação e divulgação, de acordo com os princípios orientadores do Sistema Estatístico Nacional;
    • f)- Coordenar os programas e efectuar o balanço das actividades realizadas pelas estruturas do Ministério e pelas empresas do Sector;
    • g)- Proceder à avaliação e acompanhamento da assinatura e execução dos contratos e subcontratos celebrados pelos órgãos do Ministério;
    • h)- Proceder ao acompanhamento da execução dos contratos e subcontratos das empresas operadoras do Sector;
    • i)- Analisar o relatório anual dos volumes de exploração de rochas e minerais e produção de petróleo e gás;
    • j)- Acompanhar a execução do regime cambial;
    • k)- Emitir parecer sobre as propostas dos prémios de investimento e de produção;
    • l)- Acompanhar a execução das leis aduaneira e tributária aplicáveis ao Sector;
    • m)- Elaborar em colaboração com a Secretaria-Geral o projecto de Orçamento Geral do Estado do Ministério, bem como acompanhar a sua execução;
    • n)- Colaborar com a Direcção Nacional de Fomento de Quadros e da Cadeia de Valores na elaboração do projecto de orçamento do Fundo de Formação dos Recursos Humanos do Sector, bem como acompanhar a sua execução;
    • o)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística compreende a seguinte estrutura:
    • a)- Departamento de Estudos e Estatística;
    • b)- Departamento de Planeamento;
    • c)- Departamento de Monitoramento e Controlo.
  4. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística é dirigido por um Director com a categoria de Director Nacional.

Artigo 12.º (Gabinete de Inspecção)

  1. O Gabinete de Inspecção é o serviço de apoio técnico que acompanha, fiscaliza, monitora e avalia a aplicação dos planos e programas aprovados, bem como o cumprimento dos princípios e normas de organização, funcionamento e actividade do Ministério e do Sector.
  2. O Gabinete de Inspecção tem as seguintes competências:
    • a)- Realizar auditorias, inspecções, análises de natureza económica-financeira e outras acções de controlo da administração financeira do Estado, no âmbito dos serviços e empresas superintendidos pelo Ministério, sem prejuízo das competências acometidas à Inspecção-Geral da Administração do Estado e à Inspecção-Geral do Ministério das Finanças;
    • b)- Acompanhar e fiscalizar as actividades superintendidas pelo Ministério, nos termos da legislação em vigor;
    • c)- Elaborar e propor os programas e os procedimentos necessários à realização das inspecções e auditorias;
    • d)- Receber e dar o devido tratamento às denúncias, queixas e reclamações que lhe sejam submetidas;
    • e)- Participar com os demais Órgãos do Ministério e Serviços superintendidos na inspecção e fiscalização das instalações mineiras e petrolíferas;
    • f)- Pronunciar-se sobre a qualidade e especificação dos produtos mineiros e petrolíferos e biocombustíveis para a prevenção da adulteração dos mesmos;
    • g)- Acompanhar e controlar a execução das políticas definidas pelo Ministério;
    • h)- Realizar, em coordenação com o Instituto Angolano de Normalização e Qualidade (IANORQ), as inspecções de controlo metrológico no Sector;
    • i)- Velar pelo cumprimento das leis, regulamentos e demais disposições sobre segurança, saúde, qualidade, emergências e ambiente;
    • j)- Inspeccionar as actividades de transporte, comercialização e armazenagem dos produtos minerais, petrolíferos e biocombustíveis;
    • k)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. O Gabinete de Inspecção compreende a seguinte estrutura:
    • a)- Departamento de Inspecção;
    • b)- Departamento de Estudos, Programação e Análise.
  4. O Gabinete de Inspecção é dirigido por um Inspector-Geral, com a categoria de Director Nacional e os Departamentos que o integram, por Inspectores-Gerais Adjuntos com a categoria de Chefes de Departamento.

Artigo 13.º (Gabinete Jurídico)

  1. O Gabinete Jurídico é o serviço de apoio técnico ao qual cabe realizar toda a actividade de assessoria e de estudos nos domínios legislativo, regulamentar e do contencioso.
  2. O Gabinete Jurídico tem as seguintes competências:
    • a)- Estudar e dar forma jurídica aos Diplomas Legais e demais documentos de natureza jurídica relativos às actividades do Sector;
    • b)- Emitir pareceres sobre os assuntos de natureza jurídica que sejam solicitados;
    • c)- Coordenar a elaboração, o aperfeiçoamento e actualização de projectos de diplomas legais do Sector, promovendo a respectiva divulgação e velando pela sua correcta aplicação;
    • d)- Manter o Ministério informado sobre toda a legislação publicada e de interesse para o Sector;
    • e)- Emitir parecer da sua especialidade sobre contratos, acordos e outros documentos de natureza jurídica;
    • f)- Analisar, preparar e propor as formas necessárias à implementação das convenções e acordos internacionais dos quais a República de Angola seja parte e se relacionem com o Sector;
    • g)- Representar o Ministério nos actos jurídicos para os quais seja mandatado;
    • h)- Prestar assessoria jurídica sobre todas as questões que lhe sejam submetidas pelos órgãos de Direcção do Ministério;
    • i)- Participar nas negociações e dar corpo jurídico aos contratos, acordos ou protocolos no domínio dos recursos minerais, petrolíferos e biocombustíveis;
    • j)- Velar, em coordenação com os outros órgãos do Ministério, pelo cumprimento das leis e demais normas que disciplinem a actividade do Sector;
    • k)- Coligir, controlar e manter actualizada toda a documentação de natureza jurídica e regulamentar necessária ao funcionamento do Ministério;
    • l)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. O Gabinete Jurídico é dirigido por um Director, com a categoria de Director Nacional.

Artigo 14.º (Gabinete de Intercâmbio)

  1. O Gabinete de Intercâmbio é o serviço de apoio técnico encarregue de apoiar a realização das tarefas nos domínios das relações internacionais e da cooperação externa.
  2. O Gabinete de Intercâmbio tem as seguintes competências:
    • a)- Estudar e propor a estratégia de cooperação bilateral no domínio dos recursos minerais, petrolíferos e biocombustíveis, em articulação com os restantes organismos do Estado e acompanhar os trabalhos decorrentes dessa cooperação;
    • b)- Propor a orientação a seguir nas negociações dos acordos e convenções com outros países;
    • c)- Estudar e propor as medidas adequadas no âmbito das relações externas, visando o aproveitamento das vantagens decorrentes dos acordos, tratados e convénios comerciais bilaterais celebrados pela República de Angola;
    • d)- Assegurar às negociações e a gestão dos acordos e protocolos internacionais, quer bilaterais, quer de integração económica em agrupamentos regionais;
    • e)- Desenvolver relações de intercâmbio e cooperação com organizações internacionais ligadas à actividade do Ministério;
    • f)- Elaborar, propor, coordenar e controlar os programas de assistência técnica estrangeira para o Sector;
    • g)- Analisar e emitir parecer sobre programas de assistência técnica e cooperação propostos por entidades e organizações estrangeiras;
    • h)- Estudar e analisar as matérias a serem discutidas no âmbito das comissões bilaterais e outras organizações ou organismos internacionais no domínio das actividades do Ministério;
    • i)- Participar nos trabalhos preparatórios e nas negociações conducentes à celebração de acordos, tratados, convenções ou protocolos de cooperação relativos ao Sector, bem como assegurar o seu acompanhamento e respectiva execução;
    • j)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. O Gabinete de Intercâmbio é dirigido por um Director com a categoria de Director Nacional.

Artigo 15.º (Gabinete de Tecnologias de Informação)

  1. O Gabinete de Tecnologias de Informação é o serviço de apoio técnico responsável pelo desenvolvimento das tecnologias e manutenção dos sistemas de informação com vista a dar suporte às actividades de modernização e inovação do Ministério.
  2. O Gabinete de Tecnologias de Informação tem as seguintes competências:
    • a)- Coordenar e implementar o Plano Estratégico para o Sistema de Informação do Ministério;
    • b)- Proceder à actualização da informação sobre a actividade mineral, petrolífera e biocombustíveis;
    • c)- Proceder ao registo e actualização da informação do Ministério no Portal do Governo e do site ministerial em colaboração com o Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa;
    • d)- Assegurar, em colaboração com a Secretaria-Geral, a aquisição e instalação de equipamentos informáticos e consumíveis para os vários órgãos do Ministério;
    • e)- Propor a definição e implementação dos meios mais adequados de comunicação de dados no Ministério, bem como a implementação dos diversos sistemas de informação disponíveis e ajustáveis à sua actividade;
    • f)- Propor e submeter à aprovação as políticas de segurança de informação;
    • g)- Velar pela implementação, manutenção e suporte técnico da rede informática, bem como a implantação de aplicativos;
    • h)- Velar pela gestão e administração dos recursos de telefonia;
    • i)- Observar, no que concerne à aquisição de equipamentos, as orientações dimanadas pelo Ministério que superintende no domínio das tecnologias de informação;
    • j)- Assegurar a integridade e disponibilidade das informações, bem como proporcionar a prevenção e protecção dos dados;
    • k)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. O Gabinete de Tecnologias de Informação é dirigido por um Director, com a categoria de Director Nacional.

Artigo 16.º (Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa)

  1. O Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa é o serviço de apoio técnico do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, responsável pela elaboração, implementação, cooperação e monitorização das políticas de comunicação institucional e imprensa do Ministério.
  2. O Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa tem as seguintes competências:
    • a)- Apoiar o Ministério no domínio da comunicação institucional e imprensa;
    • b)- Elaborar o plano de comunicação institucional e imprensa em consonância com as directivas estratégicas emanadas pelo Ministério da Comunicação Social;
    • c)- Apresentar planos de gestão de crise, bem como propor acções de comunicação que se manifestem oportunas;
    • d)- Colaborar na elaboração da agenda do titular do Departamento Ministerial;
    • e)- Elaborar os discursos, comunicados e todo o tipo de mensagens do Titular do Departamento Ministerial;
    • f)- Divulgar a actividade desenvolvida pelo Ministério e responder aos pedidos de informação dos órgãos de comunicação social;
    • g)- Participar na organização de eventos institucionais do Ministério;
    • h)- Gerir a documentação e informação técnica e institucional, veicular e divulgá-la;
    • i)- Actualizar o portal de internet da instituição e de toda comunicação digital do Ministério;
    • j)- Produzir conteúdos informativos para a divulgação nos diversos canais de comunicação, podendo para o efeito contratar serviços especializados;
    • k)- Participar na organização e servir de guia no acompanhamento de visitas ao Ministério;
    • l)- Definir e organizar todas as acções de formação na sua área de actuação;
    • m)- Propor e desenvolver campanhas de publicidade e marketing sobre o Ministério, devidamente articuladas com as orientações estratégicas emanadas pelo Ministério da Comunicação Social;
    • n)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. O Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa é dirigido por um Director com a categoria de Director Nacional.

SECÇÃO IV SERVIÇOS DE APOIO INSTRUMENTAL

Artigo 17.º (Gabinetes do Ministro e dos Secretários de Estado)

  1. O Ministro e os Secretários de Estado são auxiliados por Gabinetes constituídos por um corpo de responsáveis, consultores e pessoal administrativo que integra o quadro de pessoal temporário nos termos da lei.
  2. O pessoal dos Gabinetes previstos no número anterior é de livre nomeação e contratação.
  3. A composição, competências, forma de provimento e a categoria do pessoal dos Gabinetes referidos no presente artigo regem-se pelo Decreto n.º 26/97, de 4 de Abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto n.º 68/02, de 29 de Outubro.

SECÇÃO V SERVIÇOS EXECUTIVOS DIRECTOS

Artigo 18.º (Direcção Nacional de Recursos Minerais)

  1. A Direcção Nacional de Recursos Minerais é o serviço executivo directo do Ministério de Recursos Minerais e Petróleos responsável pelo fomento, promoção acompanhamento e orientação das actividades geológicas e mineiras, bem como pela preparação dos processos relativos ao licenciamento e cadastro georreferenciado das actividades de prospecção, pesquisa e exploração dos recursos minerais do País nos termos da lei.
  2. A Direcção Nacional de Recursos Minerais tem as seguintes competências:
    • a)- Propor medidas de políticas e outras que contribuam para exploração diversificada e racional dos recursos minerais;
    • b)- Garantir a execução de políticas, nos domínios do licenciamento e cadastro das actividades geológico-mineiras, da geologia e da exploração mineira, em todo o território nacional;
    • c)- Organizar os processos para o licenciamento das actividades geológico-mineiras e demais documentos para a outorga de direitos mineiros;
    • d)- Proceder à publicação dos editais relativos aos direitos mineiros e às áreas de concessão requeridas para prevenir a sobreposição de direitos e reclamações pertinentes;
    • e)- Proceder a marcação, observação física e à demarcação das áreas de concessão para o exercício dos direitos mineiros concedidos legalmente;
    • f)- Efectuar o registo dos direitos mineiros concedidos e proceder à sua publicação no Diário da República;
    • g)- Actualizar o cadastro e os mapas de concessões mineiras de acordo com uma nomenclatura de fácil interpretação, em estreita colaboração com a área que controla a exploração mineira, o Instituto Geológico de Angola e demais serviços afins;
    • h)- Analisar e submeter ao Ministro, os processos de pedido e de prorrogação de direitos mineiros, em coordenação com a área que controla a exploração mineira, o Instituto Geológico de Angola e demais serviços afins;
    • i)- Efectuar o registo das empresas mineiras e proceder à sua actualização no cadastro mineiro;
    • j)- Coordenar e supervisionar todas as actividades geológicas, geotécnicas, de exploração, beneficiamento, circulação de recursos minerais desenvolvidas no território nacional;
    • k)- Velar pelo cumprimento das normas técnicas e boas práticas da indústria aplicáveis à actividade geológica, em cooperação com o Instituto Geológico de Angola;
    • l)- Propor medidas de fomento, promoção e dinamização de projectos geológicos e mineiros, criando condições propícias para a atracção de investimentos no sector;
    • m)- Dinamizar as acções atinentes à prevenção de desastres naturais, em estreita colaboração com o Instituto Geológico de Angola, a Protecção Civil e demais entidades competentes;
    • n)- Controlar a exportação temporária de amostras geológicas para estudos e análise, em estreita colaboração com o Instituto Geológico de Angola;
    • o)- Acompanhar e supervisionar o funcionamento regular das empresas autorizadas a desenvolver actividades geológicas e mineiras, com base nos planos e programas anuais de prospecção, exploração, produção e investimento, assim como dos indicadores macroeconómicos disponíveis;
    • p)- Velar pelo cumprimento das normas técnicas aplicáveis à actividade mineira e pelo respeito ao ambiente, segurança mineira, à legislação e as melhores práticas aplicáveis à indústria mineira;
    • q)- Certificar a circulação ou a importação de maquinaria ou equipamentos mineiros que exijam a observância de normas de segurança específicas, em colaboração com as entidades competentes;
    • r)- Supervisionar o uso dos equipamentos específicos e a tecnologia usada na indústria mineira, o seu transporte, o armazenamento de materiais explosivos destinados às actividades mineiras e outros meios e equipamentos perigosos;
    • s)- Controlar e coordenar a exportação e o trânsito de recursos minerais provenientes da exploração ou beneficiamento mineiro, destinados à comercialização;
    • t)- Controlar e manter actualizada uma base de dados técnicos, relativa à exportação de minerais;
    • u)- Preparar mapas actualizados de exploração mineira do País, em estreita colaboração com o Instituto Geológico de Angola, área de licenciamento e cadastro e outros serviços afins;
    • v)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. A Direcção Nacional de Recursos Minerais compreende a seguinte estrutura:
    • a)- Departamento de Licenciamento e Cadastro Mineiro;
    • b)- Departamento de Geologia;
    • c)- Departamento de Minas.
  4. A Direcção Nacional de Recursos Minerais é dirigida por um Director Nacional e os Departamentos que a integram, por Chefes de Departamento.

Artigo 19.º (Direcção Nacional de Petróleos)

  1. A Direcção Nacional de Petróleos é o serviço executivo directo do Ministério de Recursos Minerais e Petróleos que promove a execução da política nacional sobre o petróleo e gás, refinação, petroquímica e biocombustíveis no território nacional.
  2. A Direcção Nacional de Petróleos tem as seguintes competências:
    • a)- Assegurar, com os demais serviços do Ministério, a implementação da política petrolífera nacional;
    • b)- Promover e colaborar nos estudos de base necessários à definição da política relativamente ao exercício das operações petrolíferas;
    • c)- Promover o aproveitamento racional dos recursos petrolíferos, estudar e implementar medidas com vista ao conhecimento, quantificação e reposição das reservas petrolíferas;
    • d)- Realizar e coordenar os programas de investigação para o desenvolvimento das operações petrolíferas, exigindo a utilização de técnicas eficientes e actualizadas em todas as actividades;
    • e)- Emitir parecer e acompanhar a execução dos planos gerais de desenvolvimento e produção, bem como os planos anuais de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e de produção e respectivos relatórios e planos de abandono;
    • f)- Propor e colaborar na elaboração de normas, regulamentos e especificações técnicas relativas as operações petrolíferas;
    • g)- Acompanhar a evolução dos preços do mercado do crude, por forma a estabelecer a estratégia de desenvolvimento e de produção dos campos descobertos;
    • h)- Organizar e preparar, em coordenação com os demais serviços do Ministério, os processos de atribuição de licenças de prospecção, produção, transporte e armazenagem de petróleo bruto e gás;
    • i)- Propor e colaborar na elaboração de normas, regulamentos e especificações técnicas relativas às operações petrolíferas;
    • j)- Propor, controlar e fiscalizar em coordenação com outros serviços, as reservas obrigatórias e estratégicas de petróleo bruto, gás e biocombustíveis;
    • k)- Promover e colaborar nos estudos de base para a criação de novas concessões petrolíferas, bem como no controlo das concessões petrolíferas existentes;
    • l) -Colaborar e assegurar o cumprimento das obrigações decorrentes da adesão à OPEP;
    • m)- Promover e colaborar nos estudos necessários à definição das políticas relativas ao exercício das actividades de refinação, petroquímica e produção de biocombustíveis;
    • n)- Propor e colaborar na elaboração de normas, regulamentos e especificações técnicas relativas às actividades de transformação de petróleo bruto, gás e biocombustíveis;
    • o)- Promover, supervisionar, acompanhar e controlar as actividades de refinação, petroquímica e produção de biocombustíveis;
    • p)- Realizar estudos para o estabelecimento e desenvolvimento da indústria petroquímica e de aproveitamento de biocombustíveis no País;
    • q)- Acompanhar a evolução dos preços de mercado dos produtos petrolíferos e dos biocombustíveis de maneira a estabelecer estratégias de desenvolvimento da produção de produtos petrolíferos e biocombustíveis;
    • r)- Emitir parecer e acompanhar a execução dos planos gerais de desenvolvimento e produção de produtos petrolíferos e biocombustíveis;
    • s)- Realizar estudos para o estabelecimento e desenvolvimento da indústria petroquímica no País;
    • t)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. A Direcção Nacional de Petróleos compreende a seguinte estrutura:
    • a)- Departamento de Concessões, Exploração e Novas Áreas;
    • b)- Departamento de Produção;
    • c)- Departamento de Refinação, Petroquímica e Biocombustíveis.
  4. A Direcção Nacional de Petróleos é dirigida por um Director Nacional.

Artigo 20.º (Direcção Nacional de Mercados e Promoção da Comercialização)

  1. A Direcção Nacional de Mercados e Promoção da Comercialização é o serviço executivo directo do Ministério de Recursos Minerais e Petróleos responsável pela execução da política nacional sobre a actividade de comercialização de produtos minerais, petróleo bruto, gás e biocombustíveis, assim como pelo licenciamento do exercício de actividades de distribuição, armazenagem, tratamento industrial e comercialização de produtos petrolíferos e biocombustíveis.
  2. A Direcção Nacional de Mercados e Promoção da Comercialização tem as seguintes competências:
    • a)- Estudar e propor a política comercial relativa aos produtos minerais, petróleo bruto, gás e seus derivados, bem como biocombustíveis e lubrificantes;
    • b)- Acompanhar e controlar a actividade de distribuição, comercialização, importação e exportação de rochas e minerais, bem como dos produtos petrolíferos, biocombustíveis e lubrificantes;
    • c)- Propor e controlar em coordenação com o Gabinete de Inspecção, as reservas obrigatórias e estratégicas de derivados de petróleo;
    • d)- Elaborar estudos e análises de mercado de rochas e minerais, bem como o petróleo bruto e do gás, seus derivados e biocombustíveis;
    • e)- Organizar e preparar o processo de licenciamento das actividades de comercialização de rochas e minerais;
    • f)- Organizar e preparar o processo de licenciamento das actividades de distribuição e comercialização dos produtos petrolíferos e biocombustíveis;
    • g)- Participar em estudos com vista à definição de propostas sobre preços de bens e serviços mercantis das necessidades internas e garantia de assistência técnica pós-venda;
    • h)- Colaborar com os serviços competentes do Ministério das Finanças na formulação dos preços de referência fiscal, nos termos da lei;
    • i)- Pronunciar-se sobre os preços para importação de quaisquer bens destinados à actividade de distribuição de combustíveis, biocombustíveis e lubrificantes;
    • j)- Manter actualizada a informação sobre a situação e evolução do mercado internacional de rochas e minerais, bem como petróleo bruto e seus derivados, gás e biocombustíveis;
    • k)- Emitir parecer sobre as propostas de compra e venda de petróleo bruto, seus derivados e gás;
    • l)- Emitir parecer sobre as propostas de venda de rochas e minerais;
    • m)- Pronunciar-se sobre os projectos relacionados com a distribuição, armazenagem, tratamento industrial de combustíveis e lubrificantes;
    • n)- Controlar e coordenar o trânsito e a exportação de rochas e minerais provenientes da exploração ou beneficiamento mineiro, destinados a comercialização;
    • o)- Conhecer e acompanhar os mercados internacionais de rochas e minerais existentes no País;
    • p)- Manter uma base de dados actualizada relativa a situação económica nacional e internacional inerente aos mercados de rochas e minerais e às maiores empresas do ramo;
    • q)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. A Direcção Nacional de Mercados e Promoção da Comercialização compreende a seguinte estrutura:
    • a)- Departamento de Comercialização Externa;
    • b)- Departamento de Comercialização Interna;
    • c)- Departamento de Estudos e Análise de Mercados.
  4. A Direcção Nacional de Mercados e Promoção da Comercialização é dirigida por um Director Nacional.

Artigo 21.º (Direcção Nacional de Fomento de Quadros e da Cadeia de Valores)

  1. A Direcção Nacional de Fomento de Quadros e da Cadeia de Valores é o serviço executivo directo do Ministério de Recursos Minerais e Petróleos ao qual compete fomentar o recrutamento, a integração, formação e desenvolvimento do pessoal angolano na indústria mineira e petrolífera e a participação das empresas angolanas nos diferentes segmentos da actividade.
  2. A Direcção Nacional de Fomento de Quadros e da Cadeia de Valores tem as seguintes competências:
    • a)- Assegurar a gestão integrada do pessoal angolano do sector mineiro e petrolífero;
    • b)- Elaborar e propor as políticas que visam potenciar o desempenho profissional dos trabalhadores do Sector;
    • c)- Promover o recrutamento, formação e a integração de trabalhadores angolanos nas empresas do sector de acordo com a legislação em vigor;
    • d)- Elaborar, em coordenação com os demais serviços do Ministério e empresas do sector, as políticas e metodologias de formação de acordo com a lei, acompanhando o seu cumprimento;
    • e)- Elaborar o orçamento do Fundo Petrolífero de Formação, em colaboração com a Direcção Nacional dos Petróleos, Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística e Secretaria-Geral;
    • f)- Garantir e zelar pelo cumprimento da legislação laboral e outra aplicável ao Sector;
    • g)- Elaborar estudos sobre o desenvolvimento da política de fomento e inserção do empresariado nacional e da cadeia de valores no âmbito das actividades superintendidas pelo Ministério, velando pela sua implementação;
    • h)- Elaborar e manter actualizado o banco de dados das empresas que prestem serviços ao Sector;
    • i)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. A Direcção Nacional de Fomento de Quadros e da Cadeia de Valores compreende a seguinte estrutura:
    • a)- Departamento de Fomento a Integração e Formação de Quadros;
    • b)- Departamento do Conteúdo Nacional;
    • c)- Departamento de Gestão e Controlo.
  4. A Direcção Nacional de Fomento de Quadros e da Cadeia de Valores é dirigida por um Director Nacional.

Artigo 22.º (Direcção Nacional de Segurança Industrial, Qualidade, Emergências e Ambiente)

  1. A Direcção Nacional de Segurança Industrial, Qualidade, Emergências e Ambiente é o serviço executivo directo do Ministério de Recursos Minerais e Petróleos que promove e assegura a implementação da política nacional e sectorial em matéria de segurança industrial, gestão, prevenção e controlo de emergências e protecção do ambiente nas actividades mineiras, petrolíferas e biocombustíveis.
  2. A Direcção Nacional de Segurança Industrial, Qualidade, Emergências e Ambiente tem as seguintes competências:
    • a)- Assegurar, com os demais serviços do Ministério, a implementação das políticas, estratégias e orientações nacionais e sectorial sobre segurança industrial, gestão, prevenção, controlo de emergências e protecção do ambiente;
    • b)- Promover e colaborar nos estudos necessários ao aprimoramento de práticas e procedimentos relativos à segurança industrial, gestão, prevenção, controlo de emergências, qualidade e protecção do ambiente, no que se refere à matéria de riscos, incidentes tecnológicos, prevenção e controlo da poluição, gestão ambiental, bem como na adopção das melhores práticas e tecnologias disponíveis;
    • c)- Coordenar e colaborar com os demais serviços do Ministério e outras entidades, na elaboração de normas, regulamentos, manuais e especificações técnicas relativas à segurança industrial, gestão, prevenção e controlo de emergências, qualidade e protecção do ambiente em todas as actividades mineiras, petrolíferas e biocombustíveis;
    • d)- Efectuar análises e pareceres técnicos sobre os planos de segurança industrial, gestão, prevenção e controlo de emergências, qualidade e de protecção do ambiente, bem como de outros estudos afins, apresentados pelas empresas do sector e por demais entidades, em coordenação com o Gabinete de Inspecção e acompanhar a respectiva execução;
    • e)- Participar com os demais serviços do Ministério e de outras instituições nas consultas públicas dos projectos submetidos à avaliação de impacte ambiental, licenciamento ambiental e respectivas auditorias;
    • f)- Promover, coordenar e participar na elaboração de programas de formação e de exercícios no domínio da segurança industrial, gestão e controlo de emergências, qualidade e protecção do ambiente, no decurso das actividades mineiras, petrolíferas e de biocombustíveis;
    • g)- Coordenar, colaborar e participar em programas e projectos de carácter multi-sectorial e de integração regional e internacional, relacionados com a segurança industrial, gestão, prevenção e controlo de emergências, qualidade e protecção do ambiente;
    • h)- Colaborar com outras entidades públicas e privadas em matéria de segurança industrial, gestão, prevenção e controlo de emergências, qualidade e protecção do ambiente;
    • i)- Coordenar juntamente com o Gabinete de Inspecção e demais serviços do Ministério na verificação, auditoria ou inspecção de instalações, quer em Angola quer no último local antes de entrada no País;
    • j)- Zelar pela rigorosa observância dos direitos das comunidades locais, bem como na exploração sustentável dos recursos minerais, petrolíferos e biocombustíveis;
    • k)- Desenvolver outras funções que lhe forem acometidas por lei ou determinadas superiormente.
  3. A Direcção Nacional de Segurança Industrial, Qualidade, Emergências e Ambiente compreende a seguinte estrutura:
    • a)- Departamento de Segurança Industrial;
    • b)- Departamento de Gestão, Prevenção e Controlo de Emergências;
    • c)- Departamento de Qualidade e Protecção do Ambiente.
  4. A Direcção Nacional de Segurança Industrial, Qualidade, Emergências e Ambiente é dirigida por um Director Nacional.

CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 23.º (Quadro de Pessoal)

  1. O Quadro de Pessoal do Regime Geral e o Quadro de Pessoal do Regime Especial de Inspecção constam dos Anexos I e II ao presente Estatuto Orgânico, e que dele são partes integrantes.
  2. O provimento dos lugares nos quadros é feito nos termos da lei.

Artigo 24.º (Organigrama)

O organigrama do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos consta do Anexo III ao presente Estatuto Orgânico e que dele é parte integrante.

Artigo 25.º (Regulamentação)

Compete ao Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos a aprovação dos Regulamentos Internos indispensáveis ao funcionamento do Ministério, no prazo máximo de sessenta dias a contar da publicação do presente Estatuto Orgânico.

Artigo 26.º (Orçamento)

  1. O Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos dispõe de orçamento próprio para o seu funcionamento, cuja gestão obedece às regras estabelecidas na legislação em vigor.
  2. Os Serviços superintendidos dispõem de orçamento próprio e autónomo destinado à cobertura dos encargos decorrentes da sua actividade, sendo a sua gestão da responsabilidade dos respectivos titulares de acordo com a legislação em vigor.

Artigo 27.º (Serviços Extintos)

  1. São extintos os serviços que contrariem o presente Estatuto Orgânico.
  2. Os funcionários dos serviços extintos transitam automaticamente para os novos serviços.

ANEXO I

Quadro de Pessoal a que se refere o artigo 23.º Quadro Geral

ANEXO II

Quadro de Pessoal a que se refere o artigo 23.º Quadro Carreira Inspectiva

ANEXO III

Organigrama a que se refere o artigo n.º 24.ºO Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

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